Fica quase na divisa com São Paulo.
Em uma encosta, tendo como vizinho o Morro da Jaguatirica e ruas esburacadas onde, só na semana passada, nove jovens adultos foram assassinados.
O coveiro se chama Jango. Ano passado ele teve uma ideia da qual se orgulha muito: plantar grama em toda a extensão da ladeira que serve de cemitério desde os anos 30, quando os inúmeros natimortos não-batizados precisavam de palmo de terra para passar a eternidade.
A grama evita que os corpos brotem do chão durante as chuvas e se arrastem, misturando-se ossos, panos, alguma carne, na parede que encosta na igreja.
Os alunos da escola ali perto sempre ouvem crianças chorando, lamuriando tristemente, na madrugada.
E contaram a história que foi publicada nessa semana no Jornal União, de Campina Grande do Sul.
A história e algumas fotos: www.jornaluniaoextra.blogspot.com
E aqui, o repórter arrastando o portão enferrujado, em foto de Brayan Giacomitti.
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